domingo, 28 de fevereiro de 2016

6 Horas

Todos nós temos uma lista de coisas que queremos fazer antes de morrer. Na passada quarta-feira risquei mais uma da minha lista: 6 horas na sala de espera de um hospital - check!

Podem sossegar esses corações ansiosos que está tudo bem comigo. Já andavam a achar estranha a minha ausência, não já? Queridinhos do meu coração, já não vivem sem mim, não é verdade? Pois então que estive com o rabo alapado numa cadeira de hospital numa tarde solarenga de Fevereiro, porque me levaram a minha mãe para ma devolverem somente 6 horas depois. Como filha exemplar que sou, não arredei pé enquanto ela não veio ter comigo. 

E claro que, sendo eu uma amante nata da observação do ser humano, tenho várias notas que gostaria de partilhar com vocês desta minha estadia de 6 horas no Hospital de Cascais:

- O primeiro grande desafio quando chegamos ao hospital é a triagem. Se conseguirmos arrasar na triagem temos o caminho facilitado, no entanto, difícil na mesma.... a não ser que entremos mortos, claro. A condição da minha mãe falava muito por si, no entanto, dei-lhe umas dicas antes de ela entrar em campo: "exagera um bocadinho os sintomas para ver se não recebemos uma pulseira verde." Portou-se lindamente e deram-nos uma pulseira amarela! TAAAAUUUUUUUU. Como podem ver, o sistema de pulseiras aqui funciona mais ou menos como no urban beach: cores diferentes, regalias diferentes. 

- Rejubilei quando vi nos painéis que o tempo de espera para as pulseiras amarelas era de 40 minutos e para as verdes de 3 horas. Rejubilamento antecipado dá sempre em merda, claro. Esperámos duas horas que nos lixámos. Duas horas, até a minha mãe ser atendida. Quando já ia na 1h55 minutos, e por ver que a minha mãe estava a sentir-se cada vez pior e por ver pulseiras amarelas a passar à nossa frente, decidi levantar-me e mostrar a minha indignação. Se soubesse que ela ia ser chamada 30 segundos depois do meu estrilho, perdão, da minha indignação, tinha-me levantado mais cedo. Curiosamente, nas minhas 6 horas de espera, vi mais gente a fazer isto; a levantarem-se, fartos de esperar, e a serem chamados pouco tempo depois. Não sei que fenómeno é este, mas o pensamento deve ter sido o mesmo em todos nós: se soubesse tinha-me levantado mais cedo c*ralho

- Outro fenómeno que me surpreendeu foi o das chamadas. A sério.. uma pessoa recebe e faz assim tantas chamadas ao longo do dia? A malta passa o dia ao telefone ou foi só ali para chatear? Eu sei que temos de nos entreter com alguma coisa e que os amigos servem para isso, mas chega a uma altura em que me começa a fritar o cérebro a vida privada do homem de trás, da mulher do lado e da velha do canto que fala aos berros. Porque é que têm de avisar toda a gente que estão no hospital? A sério, porquê? É para terem pena de vocês? É para mostrarem que são miseráveis? Que estão a sofrer?

- Tenho ideia de que há sempre uma personagem deste estilo neste tipo de situações que envolvem salas de espera com muita gente: uma chunga revoltada, que diz 7 palavrões numa frase de dez palavras e que devia estar ao pé dos outros doentes uma vez que está com uma crise de asma + doença qualquer, mas que, como é revoltada, quer é estar na sala de espera. A sua presença na sala faz-se sempre notar porque é aquela gaja que anda a passear-se de um lado para o outro, a falar ao telemóvel e a avisar toda a gente da sua condição miserável, aproveitando para tecer comentários menos próprios sobre a sua relação com um pulha de um chunga.
- Como em todo o lado, também há divas nas salas de espera. Conseguimos identifica-las facilmente: são aquelas ladies que começam a revirar os olhos e a bufar ao fim de 30 minutos de espera. A uma delas, só me apeteceu gritar lá do canto onde estava: "querida, quando chegares às 5 horas conversamos" 

- Deixo-vos um conselho: é importante não queimar o cartuxo da máquina do café na primeira hora. As máquinas de café e de comida são aliados importantes neste tipo de odisseia e é imperativo definirem uma boa estratégia para as usarem da melhor maneira. Eu não bebi 6 cafés em 6 horas, mas esteve perto. 

- Outro conselho é escolherem bem as pessoas a quem dão conversa. Velhas não são uma boa opção e nem é preciso dizer porquê, senhoras de meia idade pode ser uma opção mas o ideal são mesmo homens. Não para o engate, suas loucas, mas porque são os que conseguem ter conversas mais diversificadas e entreter-vos de uma forma mais saudável e positiva. Acreditem em mim, falei com muita gente, sei do que falo. 

- Foi giro ver uma senhora ultra saudável e cheia de energia a entrar de pulseirinha verde com um corte no dedo. De certeza absoluta que não saiu dali com tanta energia depois de ter estado 5 horas à espera para fazer um curativo em 5 minutos. Ninguém, no seu perfeito juízo, se dirige às urgências de um hospital público, porque tem um corte no dedo. Burra. 

- A única coisa positiva deste 2016 Odisseia no Inferno, foi ter encontrado a Carolina, uma amiga e leitora assídua do estáminé. Uma vez que ela vive e faz vida em Lisboa e eu vida em Cascais, este era o último sítio onde eu a esperava encontrar. Foi um momento que me deu bastante alento para as duas horas de tédio seguintes.  

Depois desta experiência, e com uma semelhante que passei com a minha avó, acho que se é para ir para o hospital de Cascais, que seja logo com uma pulseira laranja, quase a bater a bota, ali no vai não vai entre a vida e a morte. Acredito que muita gente se cure com a quantidade de tempo que estão à espera para ser atendidos. É muito triste estarmos doentes e não nos sentirmos bem e ainda termos de esperar 2,3,4 horas numa cadeira desconfortável para que nos atendam num sistema que é nosso por direito e que deveria funcionar mil vezes melhor. 

Depois deste meu testamento, que valeu pelos meus últimos 5 dias de silêncio, alguém tem odisseias deste estilo para partilhar? Qual o vosso maior tempo de espera? Contem-me tudo que eu já tenho saudades vossas. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Sábado #2




No sábado o meu namorado pegou na trela e foi passear-me. Fui finalmente conhecer o Moinho D. Quixote, em Colares, um bar que tem uma grande fama por estar localizado num sítio espectacular. Confere. Fiquei fascinada com a envolvente e com o ambiente do bar. Bem no meio da serra, com uma esplanada gigante dispersa por entre árvores e arbustos e com uma vista para o Atlântico de cortar a respiração. Como se isso não bastasse, o serviço foi super simpático, o vinho e o batido deliciosos, e ainda pedimos uns scones que não estão na fotografia. Fiquei com pena de não ter tirado fotos ao interior do bar, que era espectacular, mas fica para uma próxima, vou com toda a certeza lá voltar. 










Depois fomos ver o pôr-do-sol ao Cabo da Roca. Dispensa apresentações, não é verdade? Quero agradecer publicamente ao meu namorado que, mesmo estando quase a entrar em hipotermia, ficou comigo ao frio e ao vento (e que vento) até ao sol desaparecer. Sou apaixonada por este momento do dia, e acho que ele sabe disso.


Fica também um vídeo feito por mim e editado por ele. Está prometido que para a próxima começo a gravar mais cedo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Expressões Populares Portuguesas - À Grande e À Francesa

Em primeiro lugar tenho de pedir desculpa pela lição da semana passada só estar a chegar hoje. Espero que não tenham passado o fim-de-semana todo a fazer refresh à minha página. É que isso fazia de vocês pessoas muito tristes. 

Podia dizer que tive uns dias atribulados e ocupadíssimos mas estaria a mentir-vos. A verdade é que não me apeteceu cá vir. Nem sempre tenho paciência para vos aturar, percebem? 

Bom, chega deste engate todo. Vamos passar ao que interessa. Todos sentadinhos e com os óculos postos para a lição de história de hoje? Muito bem.. abram os vossos livros na página 172. 

O tema de hoje são as invasões Francesas, mais concretamente a primeira, datada de 1807. Não há muito a dizer sobre esta expressão, por isso podem tirar esse ar de aborrecidos que isto não vai demorar.

A expressão resultou nada mais nada menos do que do modo de vida luxuoso que o general Junot e toda a sua crew levavam em Lisboa aquando da invasão Francesa. Compincha de Napoleão Bonaparte, Junot tomou Portugal de assalto, estabeleceu residência no palácio do Barão de Quintela no Chiado e a sua crew em casas da nobreza e burguesia, exigindo todas as mordomias a que achavam que tinham direito, inclusivé que lhes tirassem as grainhas das uvas como fazia a empregada da Carolina Patrocínio. 

Como se isto não bastasse ainda exigiram gratificações na conta bancária, que, dizem as más linguas, rondavam os 16 contos e 800 mil reis. O vosso TPC é fazer as contas para ver quanto é que isso dá em Euros. 

Até para a semana. 

Sedentos por mais explicações? Há outras aqui!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

O Que Preferiam?

Hoje trago-vos uma pergunta que me acompanha há muito tempo, e que, quando me lembro vou colocando a algumas das pessoas com quem lido. 

Claro que a resposta óbvia é que preferiam não morrer, mas, se morressem, preferiam que fosse de frio ou de calor? 

Antes que fiquem a pensar coisas erradas a meu respeito, é importante esclarecer que não estou a passar por um mau bocado, não sou uma pessoa com tendências suicidas e não estou a planear matar-vos. Tenho apenas esta curiosidade mórbida há muito tempo e gostava que vocês respondessem.  

Então, em que é que ficamos?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

S de Sapato

Lembram-se do jogo que vos falei aqui? O jogo que ainda hoje me dá suores frios, e que faz qualquer conversa perder a seriedade? O jogo que nos transforma a todos em meninos de 7 anos?

Quão burro é preciso ser para nesse jogo confundir um S de Sapato, com um F de França? 

Como é que alguém confunde um S de Sapato com um F de França, quando eu estou especificamente a dizer que é um S de Sapato? DE SAPATO! Eu disse a palavra SAPATO. Não disse a palavra FRANÇA.

Como? Como? Como? Como? Como? Como? Como? Como? Como? Como? Como? Como? Como? Como? Como? 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Poder

Querem saber o que é poder? 

Poder é estarem na vossa secretária, estalarem os dedos três vezes e o vosso chefe saltar da cadeira para vir ter com vocês em menos de 5 segundos. 

Querem saber como lá chegar? Dou consultas ao domicílio de 2ª à 6ª em horário pós-laboral. Interessados contactar via e-mail. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Era uma Vez uma Árvore

Eu sei que vocês acham que são as namoradas mais queridas, românticas, espectaculares e fofinhas de que há memória.

Eu sei que perderam 7 noites a fazer uma prenda especial com as vossas mãozinhas de fada. Ficaram com calos nos dedos, cortaram-se mil e trezentas vezes e deixaram a casa de pantanas, não foi? Pobres pequeninas.. têm noção de que um dia quando acabarem o vosso relacionamento, ele vai acabar por deitar essa prenda tão especial fora, ou quem sabe, queimá-la? Não se lembraram disso, pois não? 

Algumas de vocês estoiraram as poupanças dos últimos 6 meses num relógio giríssimo da Timberland que um dia vai ser usado para dizer as horas a outra que não a vocês. E essa escapadinha romântica que compraram? Valeu a pena? Se calhar foi a última que fizeram juntos. 

Precisamente por já ter feito prendas à mão que a esta hora estão no lixo e por já ter gasto as minhas poupanças em coisas materiais que estão a ser usadas com outra, este ano decidi ir mais além.

Comprei ao meu namorado uma árvore no Parque Natural de Sintra Cascais. 

AH POISÉÉÉ!! Toma lá, embrulha e vai buscar! 

Quantos homens neste planeta se podem gabar de ter uma árvore com o nome deles? Quantos? Hum? Hum?

Quero ver como é que um dia o meu pequeno monte de esterco se vai livrar desta prenda! Vai pegar numa serra eléctrica e cortá-la é? Vai queimá-la e fazer arder parte de uma paisagem protegida? Pois é amiguinhas, a minha prenda vai-se perpetuar na vida dele, e se tudo correr bem, na dos filhos, netos e trinetos, quer ele queira, quer não. É assim que se conquista o nosso lugar na vida das pessoas, de uma forma subtil, mas grandiosa. 

Aprendam que eu não duro sempre, já vos disse duas ou três vezes.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Expressões Populares Portuguesas - Do Tempo da Maria Cachucha

Em que é que vocês pensam quando se remete alguma coisa para o tempo da Maria Cachucha, contem-me lá. Pensam numa velhota sentada num banco com um lenço na cabeça? Pensam no mundo a preto e branco? Pensam num bebé de chucha?  (granda piada, eu sei)

Conhecem alguém que tenha conhecido a tão famosa e icónica Maria Cachucha? Um primo? Um tio? Não? Não sabem para que lados é que ela morava, que cafés frequentava e se era do Benfica? Não? Não faz mal, nada temam! Estou aqui mais uma vez para vos salvar e não precisam de me agradecer. Estarei sempre aqui para vocês, meus docinhos de gengibre.

Vamos lá a isso então. Quando se fala no tempo da Maria Cachucha devemos remeter para algo muito antigo, verdade, mas não para uma velhota, como até agora pelo menos eu, remetia. A cachucha era uma dança, pasmem-se, criada em 1803! Originaria de Cuba mas com grandes ligações ao fandango, tornou-se muito popular na Andaluzia. Era uma dança a três tempos (ya, percebo bué de música), dançada principalmente por mulheres com castanholas e caracterizava-se por ir acelerando o ritmo à medida que a música ia avançando. A dança chegou a ser levada com toda a pompa e circunstância à Ópera de Paris e à Casa Branca por Fanny Elssler , e como em Portugal não quisemos ficar atrás, o que é se fez? Compôs-se a música "Maria Cachucha", baseada na melodia da dança espanhola, cuja letra deixo em baixo, por não ter encontrado a música sem ser em Brasileiro. A música era dançada pela malta nos bailaricos e é clara a controvérsia e ousadia da letra.


(a dança Cachucha)

 (a letra da música "Maria Cachucha")

Por hoje é tudo. Vão lá de fim-de-semana descansadinhos que eu só volto na segunda-feira. 

Sedentos por mais explicações? Há outras aqui!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Ele #8

Fomos ao Carnaval de Torre....Malveira da Serra e, como em qualquer Carnaval que se preze, havia muito para onde olhar. Muito Português, muita família, muita gente mascarada, muita coisa a acontecer. Uma alegria. 

Importa referir antes de continuar que o meu namorado é uma pessoa muito ligada ao campo e que não está habituado a estas enchentes e a muito movimento. Faz-lhe confusão à cabecinha, coitadinho, e é vê-lo num canto muito calado a absorver tudo. 

O desfile começou e com ele ainda mais movimento. O tema era a Disney, e foi ver desfilar a Minnie e o Mickey, o Pateta, o Donald e companhia, as Braves, as Mulans, as Alices e os carros alegóricos devidamente caracterizados e caprichados. 

Um casal normal, daqueles que se preze, assistia ao desfile e tecia uns comentários de bancada em relação ao que se estava a passar. Certo? 

Como eu não tenho um namorado normal, um dos únicos comentários que ouvi ao longo de todo o desfile, foi este:  

"Olha amor, estás a ver este tractor? Foi o tractor que a câmara comprou para limpar as praias. Estás a ver as rodas? Estão todas comidas da areia da praia, que desperdício."

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Comprinhas da Semana #3

Quem estava com saudades desta rubrica, quem era? Ninguém? Não faz mal. 

Provavelmente o artigo sobre o qual vos vou falar hoje já é do conhecimento geral e vocês vão acabar este post a chamar-me burra e ignorante. Mas não faz mal, não me importo. Uma das minhas missões neste mundo é a de acordar as mentes mais adormecidas e por ela vou até às últimas consequências. 

Sem mais demoras e porque sei que já estão para aí a revirar os olhos, hoje venho falar-vos de Vaselina. Descobri há uns meses a embalagem de Vaselina da Vasenol e desde então que não quero outra coisa. Eu gostava de ter tido uma mãe, ou uma melhor amiga, ou um blog de beleza a falar-me da eficácia da Vaselina. 

Ninguém falou porquê? Hum? Onde estavam todas vocês, suas impingidoras natas de produtos de beleza, quando eu precisava de um bom batom do cieiro? Todas vocês sabem recomendar batons da Ávene, da Bioderma, da Vichy, da Uriage, da Eucerin, da Maybelline, que custam para cima de € 20 e ninguém sabe recomendar uma porcaria de uma embalagem que custa € 2 e que, espasmem-me agora: realmente resulta?

Para compreenderem esta minha revolta, talvez seja boa ideia falar-vos um pouco do meu historial. Para além de ter nascido com olheiras, nasci também com os lábios secos. Era um bebé com olheiras e com os lábios secos, que bonito. Ora então, para além de ter os lábios secos no inverno e no verão, fiz também o famoso tratamento para o acne que quase mos arrancou. Como se isso não bastasse, sofro ainda de um distúrbio chamado "roedora compulsiva de peles de lábios". Tudo isto junto, aliado ao facto de só existirem produtos merda no mercado, fez com que passasse boa parte da minha vida com os lábios secos e gretados. E bem gretados. Porque claro, não tenho lábios finos. Tenho lábios carnudos. (estão a visualizar-me ultra sexy agora, não estão?)

Como toda a minha vida convivi de perto com este problema, já experimentei de tudo (sim, já dei € 30 por um batom do cieiro) e sei exactamente o que vale a pena: Carmex, Letibalm e agora a Vaselina. Não a largo desde que a comprei e tem resultado comigo como nada antes resultou. Deixa-me os lábios macios e quase sem peles para eu arrancar (ainda não estou a tratar do meu distúrbio). É gordurosa, é certo, mas quando aplicada como deve ser, e em quantidades pequeninas, passa por um batom do cieiro como os outros. Quando penso no dinheiro que desperdicei em batons do cieiro que não me fizeram nada, fico com vontade de entalar os dedos da mão direita numa porta. 

Podem ver outras das minhas comprinhas igualmente boas, aqui!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O Terceiro maior Crime da Humanidade

Descobri o terceiro maior crime da humanidade! Antes de continuarmos, e para os ignorantes que se estão a perguntar quais são os outros dois, aqui ficam eles: matar e a minha beleza.

O terceiro maior crime da Humanidade é uma viagem de carro solitária, com um saco cheio de pão quente, que claro, tresanda a cheiro a pão quente, e não ser possível comê-lo porque o pão não é para ti nem para tua casa.

Sim, é duro. Sim, só os mais fortes resistem. 

Eu resisti.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Expressões Populares Portuguesas - A Pensar Morreu um Burro

Esta é, sem dúvida alguma, a expressão que eu mais utilizo. Primeiro, porque me faz sempre sentir superior e eu gosto muito disso e segundo, porque visualizo sempre um burrinho num prado verdejante a cair para o lado. 

À semelhança das outras expressões, também temos de viajar bem para trás no tempo para perceber a sua origem. Esta foi herdada da história "Burro de Buridan" escrita pelo filósofo Francês Jean Buridan, no século XIV.

(Imagem gentilmente roubada ao Programa ZigZag exibido na Rtp 2)

A história ilustra a indecisão que caracteriza a grande maioria do ser humano. Como? Através de um burro a quem vou gentilmente chamar Zeca. O Zeca andava pelo bosque esfomeado e cheio de sede, até que a certa altura lhe são finalmente colocadas à frente, duas tigelas. Não me perguntem quem as meteu lá porque eu não sei.

Uma das tigelas tem água e a outra tem aveia. O Zeca demorou tanto tempo a decidir se estava com mais fome ou com mais sede, que acabou por morrer. Trágico não é? Logo tinha de acontecer uma coisa destas a um burro como o Zeca.

Isto é tudo muito giro mas eu fiquei sem saber se o Zeca morreu de fome se de sede. Sei no entanto que se esta história tivesse sido escrito nos dias de hoje, o Zeca não morria. Toda a gente sabe que ele ia escolher a Aveia. A aveia está imenso na moda.

Sedentos por mais explicações? Há outras aqui!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Sanitas

Se eu fizer um papel para colar na casa de banho das senhoras do edifício onde trabalho com o seguinte aviso: "É FAVOR VERIFICAR SE O AUTOCOLISMO FICOU BEM PUXADO E A SANITA LIMPA" passo por velha chata, acabada e resingona? 

Já é a segunda vez que levanto o tampo da sanita e tenho prendas a boiar lá em baixo e já perdi a conta às vezes em que a sanita apresenta vestígios negros de utilização. 

Pensei que ao trabalhar numa das zonas mais chiques de Cascais não ia ter de lidar com este tipo de problemas. 


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Too Much Sympathy Will Kill You

Estou com um grave problema no escritório que até agora só tinha com a minha mãe e com a minha avó. Ultimamente tenho lidado com clientes e fornecedores demasiado simpáticos. 

"Então mas em que é que isso te dificulta a vida?" Perguntam vocês e com toda a razão. 

É que, quando falo com eles ao telefone, o momento em que temos de desligar a chamada torna-se uma marmelada desgraçada acabando por resultar numa troca de carinhos bastante confusa e num momento altamente constrangedor. Algo do estilo: 

"Combinaaaaaado, então váááá, com licença, tenha um bom dia, obrigada, um bom dia, obrigada, adeus, obrigada com licença obrigada adeus com licença obrigada". 

Os segundos que perco com eles, mais os segundos que perco com a minha avó e com a minha mãe já dão uns minutos preciosos ao final do dia. Bom, se calhar não. Não sou assim tão ocupada. 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Pessoas #4

Há dois tipos de pessoas no mundo:

1 - As que conduzem o carro das compras direitas e com as mãos.
2 - As que conduzem o carro das compras quase deitadas e com o antebraço.

Eu sou das segunda. E vocês?

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A Culpa é do Sistema

Os bancos sabem estipular uma data concreta para te ir à conta sacar guita todos os meses, e ui, ai de ti que não tenhas lá o dinheirinho deles na data que eles querem. Levas logo com os juros, o imposto de selo, as comissões e o diabo a sete. 

No entanto, quando é para te devolverem dinheiro que tiraram por "engano" da tua conta, precisam de duas semanas e meia para o fazer, sendo a culpa sempre e para sempre do mesmo gajo: O SISTEMA.