Sei que sou olhada com desdém pela sociedade sempre que utilizo o meu Nokia com teclas em público. Mas não pretendo trocá-lo e deixo abaixo o motivo mais forte.
Ontem ao sair do carro com o telefone na mão, ele escorregou-me e bateu em cheio na borda do passeio. Bateu com força suficiente para ainda voar para o meio da estrada e deslizar mais uns metros pelo cimento, até finalmente decidir parar.
Se tivesse um iPhone e isto me acontecesse, neste momento estava a chorar. Se tivesse um outro qualquer smartphone, as probabilidades de estar a chorar reduziam em 10%, ficando assim nos 90%.
Como tenho o meu fiel amigo, que raramente me deixa ficar mal (tirando a situação das fotografias, claro), apanhei-o do chão, sussurrei-lhe um "Amo-te meu amor" e continuei a minha vida com ele a funcionar a 100%.
Não me preocupei minimamente porque sei bem o que tenho em casa. Ficou apenas com mais uma marca de guerra. Quem diz cair e bater em passeios, diz cair da mesa do escritório, cair do lavatório, cair para o lavatório, cair da cama, cair da bancada da cozinha, cair nas escadas e bater em todos os degraus, cair das mãos e deslizar pelo corredor da casa, cair das mãos e deslizar pelo chão, entre tantas outras.
O que não nos mata, só nos torna mais fortes e isto aplica-se não só à vida, como também ao meu Nokia.