quinta-feira, 28 de abril de 2016

Super Mulher

No outro dia tentei armar-me em super-mulher e tentei na minha hora de almoço:

- Ir ao banco depositar dinheiro;
- Fazer 2 ou 3 movimentos no multibanco;
- Ir à conservatória registar o meu carro; (iiiiuuuupiiii)
- Almoçar uma pedrinha da calçada pelo caminho.

Parece-vos ambicioso? A mim pareceu-me exequível, sei lá eu bem porquê, porque claro que é sempre que estamos com pressa, que as coisas correm todas MAL. 

As minhas começaram mal, assim que me apercebi que ao pé do banco não havia lugar para o carro, num sítio onde costuma sempre haver. Dei uma volta maior, deixei o carro mais longe mas não me deixei abater ao primeiro obstáculo.

O que Deus tira com uma mão, dá com a outra, portanto cheguei ao banco e não estava ninguém à minha frente. Rejubilei de felicidade porque era um momento quase inédito na minha vida. Quando disse ao funcionário que era para fazer um depósito, o funcionário disse-me que o sistema estava a reiniciar e que como ia demorar, podíamos fazê-lo na máquina para não demorar tanto tempo. Torci o nariz, porque tenho alguma (má) experiência com as máquinas de depósito do meu banco porque são incrivelmente lentas. Mas como era a minha única alternativa, e o senhor já estava a vir todo contente na minha direcção, cedi, como pessoa fraca que sou. 

Não tinha uma grande fortuna em notas, mas ainda eram algumas, confesso-vos. Dei as notas ao senhor, ele endireita-as e coloca-as na máquina. Aguardamos um bocadinho, e outro, e outro, e outro, mais ou menos o tempo necessário para fazer 3 depósitos ao balcão e a máquina lá decide ler as notas. Mas só lê metade, atenção. O senhor lá explica que como é uma máquina que está acessível 24horas por dia tem um sensor muito rigoroso para não encravar ou fazer depósitos de valores errados. Sorri e acenei, mas com a minha linda cabecinha no tempo precioso da minha hora de almoço que estava a perder. Lá repetimos o processo, com as notas que a máquina tinha decidido não considerar, lá esperamos o tempo equivalente  a mais três depósitos processados por um humano, e lá nos devolve a máquina mais umas notas, tão querida e tão preguiçosa. O senhor continua a sua teoria, eu continuo o meu desespero e lá estamos nós mais uma vez à espera que a máquina leia as 3 notas que faltam. Lá as lê, eu agradeço e pisgo-me. 

Vou a abrir para a conservatória e decido não estacionar onde costumo estacionar quando vou para aquela zona de Cascais, porque o meu esposo, ex fiscal, me estava sempre a dizer que se fartavam de rebocar carros naquela zona por estarem estacionados em cima do passeio. Como me desceu a consciência e o vislumbre do escasso saldo da minha conta bancária, decidi meter o carro ligeiramente mais à frente, numa zona onde se paga parquímetro. Ora, quem estaciona em cima do passeio, raramente se sujeita a pagar parquímetro. Peguei no telefone, já a dar às patinhas em direcção à conservatória, e liguei ao esposo, para saber onde andavam os fiscais. 

"Pois, por acaso não sei onde estão, mas podias ter deixado em cima do passeio, eles agora não estão a multar nem a rebocar por mau estacionamento, é só por falta de pagamento" 

Agradeci a Deus mais esta injustiça, e segui o meu caminho. Quando cheguei à conservatória, já só devia ter uns 20 minutos da minha hora de almoço, mas vi a minha pedrinha da calçada cada vez mais perto da minha barriguita vazia, quando me apercebi que só tinha uma pessoa à frente. Rejubilei mais um pouquito e sorri para as pessoas que estavam ao meu redor. Mas a minha felicidade esvaiu-se quando passados 15 minutos, o senhor ainda estava a registar o seu 37º carro. Claro que eu tinha de apanhar à minha frente um Romeno, provavelmente dono de todos os stands de automóveis da zona de Cascais. Para o comum mortal, 15 minutos de espera podem não ser nada, mas para uma pessoa esganada de fome e com apenas 5 minutos de sobra da hora de almoço, são uma eternidade. E um desespero. E uma agonia. Lá passaram mais uns 10 minutos, o senhor foi embora e chegou a minha vez. 

"Olá Boa Tarde blablablablablabla os documentos da viatura por favor" 

Pausa. 

Silêncio. 

Suores Frios. 

Dor. 

Agonia. 

Desespero. 

"os documentos.....estão no carro." 

" Pois querida, mas sem os documentos não posso fazer nada" 

Deixei de ouvir no querida, e saí disparada da conservatória a pensar "mas que merda, porque é que eu não deixei a merda do carro aqui a 3 segundos em cima do passeio, agora tenho de andar esta merda toda é melhor meter uma moeda no parquímetro ó caraças raio de vida miserável a minha". Chegada à zona do carro, dirijo-me ao parquímetro, meto a quantia mínima, chego ao carro, abro o porta luvas, tiro os documentos, vou-me embora, oh foda-se agora venho com o talão do parquímetro na mão em vez de o ter deixado no vidro, volta para trás abre o carro coloca o talão fecha o carro anda até à conservatória chega toda suada e a mulher está a atender outra pessoa, porque claro, não posso interromper, quem me manda ser otária, é bem feita, é para aprender, lá chega a minha vez e trato de tudo em menos de 5 minutos, altura em que rejubilo novamente porque foi metade daquilo que me tinham dito que ia pagar e sinto-me uma sortuda por viver num país em que pago tão pouco para registar uma coisa MINHA que fui EU que paguei com o suor do MEU trabalho. 

Olho para o relógio e a minha hora de almoço já tinha ido para o espaço há uns largos minutos. Mas pensei que se lixe, o meu estômago está histérico e como não me apetece pagar €5 por uma sandes e um sumo, vou ali até ao Lidl buscar as melhores empadas que alguma vez comi na minha vida e uma garrafita de água vá, para não morrer engasgada. No caminho para o Lidl apanho um Mercedes a 20 Km/h conduzido, claro, por um velho de boina, que adivinhem: TAMBÉM IA PARA O LIDL. 

Respiro fundo, e lembro-me da força que guardo dentro do meu corpo espero que ela ouça e lá chego ao Lidl no estilo do costume. Saco as empadas e a água em menos de 7 segundos e esperam-me, claro, apenas duas caixas abertas. Eram umas 14h30 e as caixas não deviam ter muita gente, pelo menos foi essa a ideia que me motivou a ir ao Lidl, "a esta hora não está lá ninguém, é rápido" Claro que as filas estavam bem compostinhas em ambas as caixas, e claro que demorei mais uma eternidade à espera. Saí do Lidl e enfiei as duas empadas na boca em menos de 2 minutos, que foi o tempo de chegar ao trabalho. 

Entrei, pedi perdão meu estagiário pelo meu atraso, sentei-me na secretária, amaldiçoei pela 75ª vez a minha vida e apercebi-me que me tinha esquecido de fazer os movimentos no Multibanco.


(digam olá ao post mais longo deste blog. Quem tiver conseguido chegar ao fim, que me avise)

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Vida de Estagiário #2

Quem disse que os estagiários não percebem nada de nada, está redondamente enganado. O meu, num só dia, demonstrou saber muito disto até. 

Num singelo momento meu de fúria matinal, dado ser a terceira vez que a fotocopiadora encravava a merda do papel, disse-lhe: 

"vão ser as máquinas que vão dominar isto tudo, vais ver." ao que ele me responde "sim, mas por enquanto são as mulheres"

Haaaann, mulherio que aqui paira, não estão já deliciadas com o meu pequeno estagiário? 

Mais à frente no dia, e depois de desligar uma chamada diz "isto de fazer duas coisas ao mesmo tempo não é mesmo para os homens."

terça-feira, 26 de abril de 2016

É Preciso Falar Sobre Isto

A blogosfera anda pelas horas da morte. Já cá ando há muitos anos e isto está cada vez pior, acreditem no que vos digo. 

Os blogs que encontro agora são alimentados por parcerias e patrocínios, nada mais. Ele são posts aleatórios de boas vindas à primavera (ou ao inverno), onde subtilmente se inserem 4 ou 5 produtos chave (patrocinados, claro), grandes produções fotográficas com 15 fotos aborrecidas no meio da estrada só para mostrar aquele casaco/saia/botas/colar oferecido por uma marca, fotografias de inaugurações de lojas ou de lançamentos de colecções, posts de 70 metros e 15 fotografias a detalhar os benefícios e as maravilhas dos produtos da bodyshop (mas que raio, de repente toda a gente adora os produtos da bodyshop, queres ver?) e nem vou falar das fotografias com os outfits que ninguém pediu. Queridas, aqui vai um conselho: deixem isso para quem sabe. O blog da Pipoca Mais Doce cumpre bem a função da futilidade do dia, parceria do dia e passatempo do dia (e tudo no mesmo dia), portanto não precisamos de mais 7.600 imitações, a sério. 

"No meu tempo" ainda se produziam posts de qualidade e sem asteriscos ou parcerias. A malta tinha um blog para despejar as coisas do dia-a-dia e os textos lamechas. Gostava de saber porque é que a identidade de cada uma se perdeu, para se entregar a patrocínios e parcerias. Nunca iremos saber realmente se todas elas amam assim tanto sushi, sumos detox, aquele centro comercial, aquele hotel, aquela mala amarela ou aqueles cremes que não fazem rigorosamente nada. Não acredito que nenhuma dessas bloggers escreva por paixão, tal como não acredito em nenhuma palavra que escrevem. São opiniões compradas, e isso é quase tão triste, como deprimente. 

Onde é que andam os bons blogs? Porque é que toda a gente que tinha jeito para isto deixou de escrever? Cada vez sigo menos blogs, e cada vez me é mais difícil encontrar um bom blog.

Deixei há uns dias no meu facebook um pedido: que me indicassem blogs novos para ler. Como não faço giveaways e a a minha página tem 57 gostos, ninguém me sugeriu nada. Por isso lanço a escada para aqui; haverá por aqui, por entre os meus 12 leitores, algum que me possa sugerir blogs de jeito?

quarta-feira, 20 de abril de 2016

terça-feira, 19 de abril de 2016

Indicações

É mais ou menos assim que uma pessoa normal explica um caminho: 

"Chega ali à rotunda e vira na primeira à direita. Vai sempre sempre sempre em frente até chegar a um cruzamento. Nesse cruzamento vira à esquerda. (é mais ou menos a partir daqui que a explicação se torna demasiado confusa, e deixamos de a ouvir, tentando memorizar apenas as indicações iniciais) Segue em frente, e vira na terceira à sua esquerda. Vai encontrar uma rotunda, e na rotunda é na segunda saída."

E é mais ou menos assim que um beto de Cascais explica um caminho à sua querida mãe: 

"Oh mãe, é na Avª Nª Srª do Rosário. (a mãe deve ter tido que não sabia onde era) Então, está a ver a rua das Salesianas? (claro que trata a mãe por você, e claro que a mãe está a ver onde é a rua das Salesianas. Não fossem as Salesianas, um dos colégios mais caros de Cascais). Desce essa rua em direcção à praça de touros, passa a casa do Salvador Sequeira de Barros (a mãe ficou confusa, e deve ter confundido o Salvador Sequeira de Barros com o Salvador Rebelo de Andrade), não mãe, esse é o Tio da Carlota de Sousa e Mello, eu estou a falar do Pai do Eduardo Teixeira de Barros (a mãe lá se situou). Depois de passar a casa do Salvador Sequeira de Barros (claro que repetiu o nome todo) até passa um restaurante onde fomos almoçar num aniversário das manas. (a ignorante da mãe continua perdida) Ó Mãe, é pertíssimo do cabeleireiro da Lucy (fez-se luz na cabeça cheia de madeixas da mãe, que sabe perfeitamente onde é o Cabeleireiro da Lucy. Sabendo a dondoca que tem em casa, o Beto podia ter começado por aí, não é verdade?). Pronto mãe, deixe estar, fiquei em frente ao cabeleireiro da Lucy que eu vou lá ter consigo."

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Porquê? #8

Porque raio é que um grupo com duas famílias espanholas vem para Portugal, e num restaurante com pratos deliciosos e tipicamente Portugueses, pede à funcionária se lhes arranja uns bocadillos e um prato de batatas fritas? 

Eu sei que é o que eles comem lá, escusam de me informar disso. Mas estando eles habituados a essa comidinha mediocre não deveriam ter sido mais inteligentes e aproveitar a oportunidade que lhes estava a ser concedida para degustar uma Alheira de Caça que por acaso até era o prato do dia? 

Digam-me lá se isto não é vontade de chatear e a mania da superioridade do costume?   

Mais post's com pensamentos menos bons em relação a Espanhóis aqui e aqui

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Acordar

Há as namoradas que pela manhã vêm os namorados ainda a dormir tranquilamente e por ali ficam a a olhar para eles de uma forma meio psicótica.

Há as que se levantam da cama e vão preparar o pequeno almoço para depois o acordar com beijinhos e festinhas porque são 3h da tarde e ele ainda está a bom dormir. 

Há também as que os acordam porque não resistem a tanta beleza e perfeição e estão desertas por os encher de beijos. 

E depois existo eu. A rainha do romantismo, que depois de uma noite infernal em que ele ressonou que nem um porco, o acordei às 10h da manhã porque já não aguentava mais ouvi-lo respirar. 

terça-feira, 12 de abril de 2016

Paixão

No almoço da Páscoa o Francisco viu no restaurante onde estávamos, uma miúda gira.

Ficou hipnotizado e repetiu-me 76 vezes o quão linda ela era. Confidenciou-me que gostava de ter coragem de lhe ir pedir o número de telefone e eu incentivei-o, claro, mas ele decidiu permanecer Pussy. 

Cobardolas como é, a única coisa que decidiu fazer foi pentear-se e ajeitar para ir à casa de banho para ela reparar nele (a miúda estava de costas e sim, mesmo de costas ele viu que ela era uma brasa). Lá foi ele cheio de postura e cheio de estilo, como só um puto de 16 anos consegue ter, e regressou todo contente porque a tinha visto a olhar para ele. 

No momento da saída do restaurante, sua excelência veio sempre num passo mais lento para o momento da despedida ser maior, mas não menos doloroso.  Entrou no carro a flutuar, a dizer que estava apaixonado, que nunca tinha visto uma miúda tão bonita mas triste e desolado porque nunca mais a ia voltar a ver. 

Passado umas horas e já em casa da minha avó, chega-se ao pé de mim e diz: 

"Ó Mana....?"
"Han?" 
"Ainda te lembras da cara da miúda do restaurante?" 
"Sim, mais ou menos, porquê?" 
"É que eu já não me lembro muito bem, mas tenho a certeza que se a visse outra vez, ficava outra vez apaixonado"

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Nazaré

No fim-de-semana da Páscoa fizemos uma escapadinha romântica à Nazaré. 

Como traduzi-la? Com muito mel, claro. Também houve muito marisco, que somos pessoas que gostam de se tratar bem, vinho, muito vinho (na realidade acho que foi a única coisa que bebi o fdsemana inteiro), ganhei € 36 no bingo e o Pedro € 17, muito mar, muita paisagem bonita, muito passeio e nada melhor que as fotografias da praxe para o ilustrar. 















No regresso fizemos uma paragem em Óbidos. Como já estávamos a ressacar por carne, fugimos da Nazaré pelo hora do almoço e foi logo no primeiro restaurante do Castelo de Óbidos que almoçámos.

O tempo estava péssimo e acabámos por ter de passear de guarda chuva na mão. Não sei se foi por causa do tempo, mas a verdade é que não achei o Castelo nada de mais. Muita loja com recuerdos repetidos, uma ou outra livraria engraçada, e pouco mais.







Já estamos a pensar na próxima escapadinha cá dentro. O que aconselham? 

sexta-feira, 8 de abril de 2016

O Vício Voltou

Só são capazes de fazer este tipo de coisas aos fracos e aos que já perderam o controle da própria vida há muito tempo, não é verdade? Apanham as pessoas desprevenidas e vulneráveis e toca de atacar.

Cobardes, oportunistas,pulhas. Não se faz isto a uma pessoa. Não se testam desta maneira cruel os limites de cada um. Não se brincam com corações desta maneira.

Não é à meia-noite, e com um dia de trabalho pela frente no dia seguinte, que se dão duas horas de vida ilimitadas no Candy Crush. NÃO É SENHORES, NÃO É. 

(Sim, o vício voltou)

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Tortura

Quando vou ao cabeleireiro acontece quase sempre a mesma coisa.

Sento-me para lavar o cabelo e dizem-me "entãaaaaaao, que tipo de Shampoo vamos usar? Para cabelos oleosos ou secos?" Lá respondo "secos" como pessoa delicada que às vezes sou, mas fico cheia de questões na minha cabeça (para além de shampoo e de umas mãos delicadas, claro): Será que eles não estão a ver bem o que têm à frente? Fazem esta pergunta para me achincalhar? É ironia e eu não percebo e passo sempre por estúpida? Como é que alguém mexe num fardo de palha e não se apercebe do que está a fazer?

Quando ainda não acabei de responder às minhas próprias questões, atiram sempre mais uma para me baralhar ainda mais o sistema: "Vamos usar amaciador?" Não queridinhos do cabeleireiro, vão todos juntos desembaraçar o ninho de ratos que têm à frente com o poder da vossa mente. Claro que a minha resposta não é esta, é um simples "sim, por favor". Cá está, a delicadeza. 

Quanto me sento na cadeira para me tratarem do bicho, comentam sempre alguma coisa em relação ao meu farto cabelo: "Aiiiiiiiii que caracóis maravilhosos, isto sim é um cabelo como deve ser, olha para istooooo, que maravilha" eu babo e fico sem jeito, mas não demora muito até que me desorientem outra vez: "Aaaaaaah, mas gosta dos seus caracóis assim ao natural? Não quer aproveitar para esticar?"

Acreditem, ao contrário da maioria das mulheres, para mim, ir ao cabeleireiro é uma verdadeira tortura.

(Para quem não me conhece e não está a perceber muito bem do que é que eu estou a falar, pode tentar visualizar uma nuvem de caracóis castanhos sem qualquer tipo de sentido, capaz de vazar vistas e abalroar objectos num raio de três metros e meio. Podem ainda ler este post aqui aqui.)

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Ai a Idade #2

Ainda na linha de pensamento do post anterior, e desta vez sem materialismos à mistura, venho mostrar como isto da idade me está a afectar cada vez mais. 

Numa conversa telefónica de cerca de 3 minutos e meio, consegui utilizar as seguintes expressões: "o seguro morreu de velho" e "a pressa é inimiga da perfeição". 

Quando é que me tornei uma Tia cinquentona cheia de madeixas no cabelo? Como é que eu paro este tipo de atitudes? Bater em mim própria funciona? Também se está a manifestar aí desse lado? Como?

terça-feira, 5 de abril de 2016

Ai a Idade

Apercebo-me do avançar da idade e que estou a deixar que ela leve o melhor de mim, quando dou por mim a pensar que dava mesmo jeito agora ser Natal, para me oferecerem um par (ou dois, vá, na loucura da pedinchice) daquelas meias ultra grossas para dormir. 

Os únicos dois pares que tinha romperam-se quase ao mesmo tempo e eu tenho passado um pouco de frio nas barbatanas durante a noite. 

Mas não, a única coisa que recebo são joias da Swarovski.



Gostaram da forma subtil que arranjei para vos mostrar que o meu namorado é melhor que o vosso? Estão invejosas? Vão acabar o vosso relacionamento? Aperceberam-se que merecem mais do que ele vos dá? Vão chamar-me fútil e interesseira? Dizer que só estou com ele por causa das jóias? Irão os cristais deste colar cair todos como os cristais do anel que ele me deu? E esta forma de vos mostrar que não é a primeira jóia da Swarovski que ele me oferece, gostaram?

Sou tão boa nisto, que até faz impressão. 

(Desculpem a ausência, mas tem sido um pouco complicado gerir as quantidades astronómicas de trabalho que tenho tido + vida pessoal + trabalho voluntário + blog que não me dá qualquer tipo de retorno monetário. Mas se vos serve de consolo, tenho muitos posts no meu bloco de notas que quero partilhar com vocês. Fiquem desse lado e não desistam de mim. Mesmo sendo eu uma cabra interesseira.)