quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A Minha Vida Não é Um Filme

Estava a separar o lixo no ecoponto quando o lenço que tinha ao pescoço se soltou e voou. 

Estava a fazer uma boa acção, e como tal não acho que tenha sido merecedora do que me aconteceu, mas isso são contas que depois prestarei com Deus. 

Como vos estava a dizer antes de me interromperem, o lenço que eu tinha ao pescoço conseguiu soltar-se tal era a ventania e vi-me perante uma típica cena de filme (apesar de elas nunca estarem ao pé de ecopontos). Sempre disse às tipas dos filmes que se apertassem melhor o lencinho no pescoço, ele não tinha como fugir. Enganei-me. Ele foge, o cabrão. 

Estava então a chegar o meu momento de filme. Enquanto corria atrás do lenço cheia de charme e delicadeza, viria um gatão estrategicamente colocado do outro lado da rua para o agarrar e mo entregar. Depois disso iríamos apaixonar-nos e seriamos felizes para sempre. 

Mas como é de mim que estamos a falar, eu corri atrás do lenço, confere, mas com o cabelo todo à frente dos olhos e enquanto lançava palavrões para o ar. Reiterando o facto de ser de mim que estamos a falar, é óbvio que não apanhei o lenço à primeira, nem à segunda, nem à terceira. Ele continuou a esvoaçar pela rua e a rebolar no chão num jogo que estava a ser divertido só para ele. 

Depois de ter percorrido 5km lá o consegui apanhar. 

6 comentários:

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